21.2.11

Linhas tortas

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Dize que quando nascemos o nosso destino é já traçado; pelas linhas da nossa mão, pelos astros atravéz da posição do sol e dos planetas, na numerologia quando calculada a data do nascimento ; enfim uma parte da nossa estrada é já asfaltada e certos fatos já predestinados a acontecer. Mas é próprio quando Ele escreve em códigos que a coisa complica, aquela linha torta que a gente nunca sabe o que significa e qual utilidade tem na nossa vida porque é tão difícil de decifrar!


Um momento difícil, tantas vezes de profunda dor e desespero. Ninguém nos ensina como enfrentar tal situação e despreparados acabamos muitas vezes por confundir os sinais e receber mal a mensagem. Isso pode criar outros problemas como a insegurança, o medo, ansiedade, depressão e até agressividade. Tentar encontrar forças e ter fé são coisas importantes, também procurar manter a calma e não se deixar tomar pelo pânico...


Mas não é simples nem fácil. Nos últimos três meses a minha vida tem sido em um hospital; antes pelo meu pai que fez 3 ponte- safena e de um dia ao outro peguei um avião e fui às pressas para o Brasil. Agora é pelo meu marido que teve que passar por uma operação muito delicada (ileostomia).


Deixar de lado a dor de ver uma pessoa querida mal e ainda sim manter os ânimos em equilibrio não é simples, mas de alguma forma a gente consegue. De algum lugar vem força e coragem para enfrentar tudo, mesmo que em um cantinho escondida deixe que alguma lagrima escorra.


Um dos obstáculos mais difíceis é o fator psicológico; do paciente e de quem lhe está em volta. Conter os ânimos e não deixar transparecer nossos temores é fundamental. Saber o que dizer, como agir e reagir com a nova situação ou com os imprevistos, compreender o outro... Enfim, nada nada simples! Mas a gente vai tentando, com fé em Deus que tudo vai dar certo e acabar logo.

(foto: autor desconhecido, Blog Nas entrelinhas)
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20.2.11

Onde foi que eu me perdi?

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Onde está o teu sorriso?
Onde está a tua luz?
Onde foi parar a tua vontade de viver?

O que aconteceu com aquela pessoa que eu conhecia?
Cadê a tua vaidade? Cadê a tua cor?
Onde se escondeu aquela mulher cheia de luz e poder?
Em qual lugar esquecido você escondeu a tua ousadia
e a teu calor?

Onde está?
O que fizeram contigo?
O que você fez de você?

Quero muito a tua gargalhada desafinada enchendo meus ouvidos de festa
Quero o brilho do teu olhar iluminando minha estrada
E a tua femilidade transformando cada gesto em prazer.

Cadê você?
Volta para mim!
Não sei o que fazer com este vazio...
Esta vida monótona, sem tom e sem expressão.

Quero o salto mais alto, o decote mais ousado e o sorriso mais largo.
Quero que cada gesto teu seja como uma dança e a tua voz rouca não se vergonhe ao se revelar.

Quero você exagerada, destemida, mulher.
Quero você de novo dentro, na alma... viva.
Como só você sabe ser.

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