23.3.12

Ou isso ou Aquilo



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Decisões são difíceis...
Como escolher entre isso ou aquilo?
Como saber se vale ou não a pena trocar o certo pelo duvidoso?
Qual estrada seguir quando nosso coração está em dúvida?
"Você é livre para fazer suas escolhas mas é prisioneiro das consequências." Li esta frase de Pablo Neruda e fiquei pensando em todas as decisões importantes que tive que fazer. Ainda não sei se foram certas, se fiz bem a minha escolha... mas sei que todas elas foram feitas buscando o melhor não somente para mim mas para quem estava ao meu redor.
E tudo que você quer é não ter que escolher ou melhor, não ter que excluir algo! Porque uma coisa fica, mas a outra vai embora... e nunca saberemos que sabor ela teria.
Às vezes a melhor escolha é justo aquela que você sabe que talvez possa te fazer sofrer amanhã, mas que hoje é exatamente dela que você precisa para ser feliz!

21.3.12

Intensa Idade



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Por um instante eu esqueci o que estava realmente buscando... e levei meus pensamentos a outro lugar. Um presente proximo que nao deveria acontecer, que me distancia do meu verdadeiro querer. Embora nao saiba se ainda vale a pena, se ainda um futuro posso existir...
Não sei mais quem sou, não sei mais onde meus passos deixaram suas últimas pegadas e seguem perdidos. Sei que transferi minha rotina a uma outra realidade, sei que fiz desta realidade uma verdade, uma verdade que só existe para mim... e me perdi de mim novamente. 
Sei que misturei as coisas, que não devia viver os meus dias como se tudo que está acontecendo fosse normal e me esforçar para aceitar certos fatos. Ver que os dias são instáveis, incertos e mesmo assim você deve fazer de tudo para manter o equilibrio!
Um lugar lindo, o azul do céu e do mar que não me deixam esquecer que o horizonte às vezes pode estar dentro de nossos olhos, dentro de nós, do que a gente busca e quer. E no fim o que me fazia tanto bem acabou por me fazer muito mal... Porque é inútil estar em companhia quando estas não preenchem os pequenos vazios que o dia pode trazer.
Então você tenta ser otimista, tenta superar as barreiras, finge que está tudo bem para ver se assim as coisas melhoram. Fica esperando que alguém se dê conta de que você precisa de um carinho, um abraço, um pouco de conforto. Se dá conta que tudo o que temos são sorrisos ou lágrimas, mas nem sempre é possível dar a cada um deles o devido valor.
Por um instante eu me perdi... Quanto mais eu me procurava mais eu me perdia; mas no fundo era o que eu queria... Me esquecer, me libertar das correntes que pesavam  e não me deixavam mais voar. E me entreguei ao azul do infinito céu, ao sol dourado, às espumas brancas do mar; esperando encontrar algum significado, um sentido em deixar-me levar.
Porque não sei ser pela metada, não sei ficar em banho-maria, não sei fingir que não é o que é, não sei disfarçar o que é evidente, não gosto de ser reticente. Desculpa se confundi as regras do jogo, se não me dei conta e ultrapassei a linha que separa o que somos e o que nunca seremos... mas eu quis, e este querer me estava enlouquecendo, me pertubando, me consumindo. 
Não sei o que será do amanhã, mas juro que eu queria não lembrar do que se foi, queria que estas marcas desaparecessem do da minha alma cansada e nos permitisse de seguir em frente sem mágoas, receios ou medos. Que pudessemos ser somente nós, eu e você. E não eu ou você.
Hoje eu busco recompor os pedaços espalhados dentro do peito; cansada de ser Fenix e me deixar consumir pelas chamas para depois renascer das cinzas. Humana, carne e osso... Tenho defeitos, mas sempre fui uma pessoa sincera, verdadeira e se excedi, foi por colocar coração demais no que fazia! 

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9.3.12

Como não se apaixonar?


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Todo dia Deus nos mostra o caminho, todo dia ele nos presenteia o milagre da vida, todo dia o sol vem nos mostrar que vale a pena. A felicidade está em todo lugar, basta saber olhar, basta saber viver, basta saber ver.

O bem que me faz olhar o mar!! E como não se apaixonar?? Mesmo nos momentos em que a bola cai, vou ali, respiro a vida e logo logo estou pronta para recomeçar.

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E como um Peixe... sentir o Mar.


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Não sei dizer muito bem o que é. Talvez seja esta coisa de astrologia... de signo o fato de me sentir em casa tendo o mar por perto. Talvez porque filha de Iemanjá, mãe do mar e da natureza. Não sei bem explicar, sei que o mar é meu lar, meu abrigo, minha calmaria, fonte de energia.

São somente três meses mas parece que minha casa sempre foi aqui.Pisa a areia úmida, sentir o cheiro e o barulho do mar, o vento que despenteia meus cabelos... e já me sinto melhor, cheia de vida, revigorada.


E ainda que as coisas não estejam indo como o previsto... Todo dia poder ver um por-do-sol maravilhoso e único, fazer preces, renovar a fé, respirar a vida tal qual ela se apresenta pura e intensa em forma da natureza. Sentir-se mais leve, serena, pronta para recomeçar quantas vezes forem precisol 

E como a parábola do Peixe e o Mar; fechar os olhos, confiar e me deixar levar.





Uma vez pediram a um peixe para falar do mar.
 - Fala-nos do mar - disseram-lhe.
 - Dizem que é muito grande o mar - respondeu o peixe. - Dizem que sem ele morreríamos. Não sou o peixe mais indicado para vos falar do mar. Eu, do mar, só conheço bem são estes dez metros à superfície. É só deles que vos posso falar. É aqui que passo o meu tempo, quase sempre distraído. Ando de um lado para o outro, à procura de comida ou simplesmente às voltas com o meu cardume. No meu cardume não se fala do mar. Fala-se das algas, das rochas, das marés, dos peixes grandes e perigosos, dos peixes pequenos e saborosos e de que temperatura fará amanhã. O meu cardume é assim: eles vão e eu vou atrás deles.
 - Mas tu, que és peixe, nunca sentiste o mar?
 - Creio que o sinto, às vezes, passar por minhas guelras. Umas vezes o sinto, outras não. Às vezes o sinto, quando não me distraio com outras coisas. Fecho os olhos e fico sentindo o mar. Isso tudo de noite, claro, para que os outros não vejam. Diriam que sou louco por dar tempo ao mar.
 - Conheces o mar, portanto. Podes falar-nos do mar?
 - Sei que é grande e profundo, mas não vos quero enganar. Sei de peixes que já desceram ao fundo do mar. Quando os ouvi falar, percebi que não conheço o mar. Perguntai a eles, que vos saberão falar do mar. Eu nunca desci muito fundo. Bem, talvez uma ou duas vezes... Um dia as ondas eram fortes que eu tive de me deixar levar fundo, para não morrer. Nunca tinha estado lá e nunca esquecerei que lá estive. Apenas vos sei falar bem da superfície do mar...
 - Foi ruim, quando desceste? Por que voltaste à superfície?
 - Não foi ruim. Foi muito bom. Havia muita paz, muito silêncio. Era como se lá fosse minha casa, como se ali estivesse inteiro.
 - Por que não voltaste lá para o fundo? Por preguiça?
 - Às vezes acho que é preguiça, outra vezes acho que é medo.
 - Medo? Mas tu não disseste que era bom? Medo de que?
 - Medo do desconhecido, medo de me perder. Aqui à superfície já estou habituado. Adquiri um certo 'status' para mim mesmo. Controlo as coisas ou, pelo menos, tenho a sensação de as controlar. Lá embaixo não sei bem o que pode acontecer. Estou todo nas mãos do mar.
 - Tiveste medo quando chegaste ao fundo do mar?
 - Não tive medo algum. Era tudo muito simples... E no entanto agora tenho medo... Mas eu não cheguei ao fundo do mar! Apenas estive menos à superfície.
 - E o que dizem os outros que lá estiveram?
 - Dizem coisas que eu não entendo. Dizem que não é preciso ir para saber. E dizem que não há nada mais importante na vida de um peixe.
 - E explicam como se vai?
 - Aí é que está. Explicam que não se chega lá por esforço, que só podemos fazer esforço em deixar-nos ir. Que é só o mar que nos leva ao mar.
 Então veio uma corrente mais forte que o fez descer. O peixe tentou lutar contra ela com todas as forças que tinha, à medida que via distanciarem-se as coisas da superfície. Talvez para sempre... Mas depois fechou os olhos, confiou e já sem medo deixou-se ir. 






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