24.11.08

Um dia de domingo...


Era um lindo dia de sol, apesar do grande frio!
Aproveitamos para passear...
Na foto acima vocês podem ver a entrada do Restaurante La Pievina,
localizado a alguns quilometros de Siena
e em meio às colinas toscanas.
Domingo, 23 novembro, passamos o dia alí!
A dona do restaurante é muito particular, excêntrica
simpática e alegre.
Não existe uma variedade no menú, a especialidade deles é o peixe;
mas se alguém preferir carne não é um problema.
O ambiente é pequeno e aconchegante,
embora cause um forte impacto ao entrar
pois as paredes são cheias de crochêt, penduricalhos e outras mil coisas,
folhas secas na mesa e vasos representam o outono e
as bolas natalícias penduradas por toda parte
indicam que está se aproximando o natal!
No minúsculo banheiro têm pétalas de rosa pelo chão
e um vaso na parede de hotênsias secas.
Impossível não se afeiçoar a este lugarzinho
perdido no meio do nada e
à dona do restaurante com seu avental
combinando com o chapéu de cozinheira dela.
enfim....
Dia lindo, comida gostosa e paisagem de tirar o fôlego!
:-)

21.11.08

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Aqui na Itália estamos no outono... nem calor e nem frio,
dias indefinidos e temperaturs incertas...
Nada melhor que Veríssimo como companhia!
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Ainda pior que a convicção do não, a incerteza dotalvez, é a desilusão de um "quase". É o quase que meincomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudoque poderia ter sido e não foi.

Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou aindaestuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou nãoamou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelosdedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéiasque nunca sairão do papel por essa maldita mania deviver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher umavida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. Aresposta eu sei de cor, está estampada na distância efrieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, naindiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobracovardia e falta coragem até pra ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre aalegria e a dor, sentir o nada, mas não são.

Se a virtude estivesse mesmo no meio termo,
o mar não teria ondas,
os dias seriam nublados e
o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas asestrelas estejam ao alcance, para as coisas que nãopodem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória édesperdiçar a oportunidade de merecer.

Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; prosamores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar umcoração vazio ou economizar alma.

Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não éromance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotinaacomode, que o medo impeça de tentar.

Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais
horas realizando que sonhando,
fazendo que planejando,
vivendo que esperando
porque, embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu!!!


Luis Fernando Veríssimo

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