21.3.12

Intensa Idade



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Por um instante eu esqueci o que estava realmente buscando... e levei meus pensamentos a outro lugar. Um presente proximo que nao deveria acontecer, que me distancia do meu verdadeiro querer. Embora nao saiba se ainda vale a pena, se ainda um futuro posso existir...
Não sei mais quem sou, não sei mais onde meus passos deixaram suas últimas pegadas e seguem perdidos. Sei que transferi minha rotina a uma outra realidade, sei que fiz desta realidade uma verdade, uma verdade que só existe para mim... e me perdi de mim novamente. 
Sei que misturei as coisas, que não devia viver os meus dias como se tudo que está acontecendo fosse normal e me esforçar para aceitar certos fatos. Ver que os dias são instáveis, incertos e mesmo assim você deve fazer de tudo para manter o equilibrio!
Um lugar lindo, o azul do céu e do mar que não me deixam esquecer que o horizonte às vezes pode estar dentro de nossos olhos, dentro de nós, do que a gente busca e quer. E no fim o que me fazia tanto bem acabou por me fazer muito mal... Porque é inútil estar em companhia quando estas não preenchem os pequenos vazios que o dia pode trazer.
Então você tenta ser otimista, tenta superar as barreiras, finge que está tudo bem para ver se assim as coisas melhoram. Fica esperando que alguém se dê conta de que você precisa de um carinho, um abraço, um pouco de conforto. Se dá conta que tudo o que temos são sorrisos ou lágrimas, mas nem sempre é possível dar a cada um deles o devido valor.
Por um instante eu me perdi... Quanto mais eu me procurava mais eu me perdia; mas no fundo era o que eu queria... Me esquecer, me libertar das correntes que pesavam  e não me deixavam mais voar. E me entreguei ao azul do infinito céu, ao sol dourado, às espumas brancas do mar; esperando encontrar algum significado, um sentido em deixar-me levar.
Porque não sei ser pela metada, não sei ficar em banho-maria, não sei fingir que não é o que é, não sei disfarçar o que é evidente, não gosto de ser reticente. Desculpa se confundi as regras do jogo, se não me dei conta e ultrapassei a linha que separa o que somos e o que nunca seremos... mas eu quis, e este querer me estava enlouquecendo, me pertubando, me consumindo. 
Não sei o que será do amanhã, mas juro que eu queria não lembrar do que se foi, queria que estas marcas desaparecessem do da minha alma cansada e nos permitisse de seguir em frente sem mágoas, receios ou medos. Que pudessemos ser somente nós, eu e você. E não eu ou você.
Hoje eu busco recompor os pedaços espalhados dentro do peito; cansada de ser Fenix e me deixar consumir pelas chamas para depois renascer das cinzas. Humana, carne e osso... Tenho defeitos, mas sempre fui uma pessoa sincera, verdadeira e se excedi, foi por colocar coração demais no que fazia! 

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